Havia um mosteiro nas grandes montanhas do Tibet que perdeu mais um dos seus monges. Preocupado o Abade com o avançar da idade dos monges e número reduzido remanescente decidiu ir falr com um sábio Eremita que vivia nas proximidades para ver como salvar a congregação.
Chegado, após cumprimentar o sábio falaram sobre os desafios do mundo actual, fizeram leituras e comentários de textos espirituais e sem dar por isso já ia anoitecendo e o Abade tinha de regressar, ao que disse ao Eremita:
“Caro amigo tive um dia muito agradável consigo mas pelo adiantar da hora vou ter que regressar ao mosteiro. Fiquei sem lhe dizer a minha grande preocupação”.
Do que se trata caro irmão perguntou o Eremita.
O Abade explicou-lhe que estava preocupado com o futuro da sua ordem pois os monges estão envelhecendo e morrendo e teme a extinção do mesmo.
– Queria um conselho seu caro amigo de como podemos salvar a nossa congregação.
Respondendo ao Abade o sábio disse-lhe:
– Não tenho conselhos para vos dar, mas sei que o Messias (a salvação do Mosteiro) está entre vós.
Intrigado o Abade regressou ao mosteiro aonde disse aos companheiros as palavras do sábio.
Os monges ficaram todos pensativos e a perguntar-se mentalmente quem seria o Messias entre eles.
Será que era o irmão Tomás, ele que era muito culto? Será o irmão Jeremias que apesar de ser reservado está sempre disponível a ajudar? Ou era o irmão Alberto que era inteligente e estudioso? Será o Abade que tem sabido com muita paciência e eficácia nos conduzir ao longo desses anos? Ou serei eu?
Com essas interrogações os monges a partir daquele dia reforçaram mais ainda o respeito e o trato com os irmãos, pois havia um Messias entre eles.
Chegada a época boa, começaram a chegar os turistas para passeios e piqueniques na zona que era muito bonita e agradável.
Esses turistas percebiam aa atmosfera de respeito entre os monges e continuavam a retornar e a trazer amigos.
Um dia, um jovem turistas pediu para entrar na ordem pois o respeito que reinava no mosteiro lhe inspirava e atraia. Passados mais dias houve mais pedidos para integrar a ordem dos monges.
Agora o mosteiro já não corre o risco de extinção pois “jovens irmãos” aderiram e prosseguem a missão.
Aquele abraço,
Nuno