Qualquer projeto que nos metamos a fazer encontra resistência. A resistência pode se materializar a partir de quem nos está perto (como colegas de trabalho, amigos e familiares) mas sobretudo encontramos uma resistência interna que vem de nós mesmos.

 

 

Esta última é a Resistência de R maiúscula, aquela que nos faz duvidar de nós mesmos, que nos paralisa diante das ações que temos que executar para concretizar o nosso desejo ou sonho.

 

 

Esta Resistência é real, embora sem manifestações exteriores nos bloqueia e impede o nosso progresso. Seja um projeto que tenhamos de criar um negócio, escrever um livro ou realizar um sonho.

 

 

Do momento que a ideia nos vem na cabeça ou a declararmos aí vem ela (a Resistência) a nos dizer e tentar convencer que não conseguiremos que não é possível com mil e uma justificações “plausíveis” de que não somos capazes.

 

 

Como combater a Resistência de R maiúscula?

 

  1. Faz o que tem que ser feito!

O enfoque é na ação, é fazer e não tão-somente pensar ou imaginar. Se o teu projeto é criar um negócio, faz logo um protótipo do teu serviço/produto e procura alguém que tenha necessidade ou possa querer para vender.

 

Se queres escrever um livro, apanha agora papel e caneta (ou abre o computador) e começa a escrever.

 

Não penses muito e não faças muitas pesquisas! Faz aquilo que tem que ser feito, as pesquisas ficam para depois.

 

 

  1. Faz o que tem de ser feito, pesquisa e reflete um pouco

Nunca percas de vista o fazer, se o teu projeto é escrever, escreve todos os dias sem pensar muito, não dês espaço à Resistência. Reserva um pouquinho do teu tempo nesta fase para pesquisar/refletir, mas não deixes que a pesquisa/reflexão se torne em Resistência.

 

A pesquisa/reflexão demais faz mal, transforma-se numa desculpa para desviar atenção, para perder o foco, para não fazer.

 

A pesquisa deverá ocupar no máximo de 5% do teu tempo.

 

Após fazer algo (sempre com pouca pesquisa) ao analisares o que foi feito ontem pode parecer–te uma porcaria. Sem problemas, é normal esta sensação, tranquilo. Se isso acontecer é bom sinal pois “o descontentamento é o primeiro passo para o progresso” (Oscar Wilde).

 

Vai dar uma volta, come um gelado com a família ou vai ver o Barça a jogar, amanhã recomeças.

 

  1.  Simples, concreto e específico

Nesta fase já executaste algumas ações e já tens mais ou menos uma ideia mais concreta e específica do teu projeto, agora é preciso simplificar (simples não quer dizer estúpido ou banal).

 

 

Simplificar por exemplo é meter numa só página os tópicos estratégicos do teu projeto. Uma página para ao mesmo tempo teres uma visão global do teu projeto e os tópicos mais importantes.

 

 

Eu, por exemplo quando tenho uma ideia de negócio procuro simplificar em dois troncos:

 

  1. a)  Aonde quero jogar (que mercado/clientes quero)?
  2. b) Como vou ganhar (as parcerias, competências e necessidades para ganhar)?

 

Depois tento construir “fazendo” o que é preciso sempre com o foco na folha até ela entranhar completamente na minha mente e a possa visualizar mesmo sem que esteja à minha frente.

 

Se o teu objetivo é escrever um livro escreve numa folha como inicia, como finda e faz um pequeno resumo da história para te manter focalizado.

 

  1.    Até ao fim

De agora em diante é especificar as prioridades e organizar as ações e ter disciplina para levar até ao fim! Até ao fim, todos os dias fins de semanas e noitadas incluídas, como se fosse a última coisa a fazer neste mundo.

 

 

Esta fase também pode-te levar para trás várias vezes (para os pontos 1,2,3) para rever o que tem que ser corrigido ou mesmo eliminado e terás que ultrapassar constantemente o insinuar da Resistência.

 

 

A Resistência irá se tornar implacável até te transformar numa lástima- resmungão, emotivo, inseguro, mas, aconteça o que acontecer não dês ouvidos à Resistência.

 

 

Não pares, não escutes a resistência, trabalha todos os dias domingos e feriados incluídos.

 

  1.    Envia e distribui

Quando a tua ideia se materializou (seja o teu produto/serviço, teu livro) através de ações constantes e muitas vezes extenuantes vem a parte crítica: dar a conhecer ao mundo ou introduzir no mercado.

 

Essa fase é delicada emocionalmente pois o mundo agora pode dar a sua opinião e pode não gostar e fazer critica ou mesmo gozar contigo e te sentirás vulnerável (pois revelas algo ao mundo).

 

Mas aí deverás pensar somente:

 

 

Consegui, trouxe algo para o campo não estive a assistir das bancadas, se consegui fazer uma vez posso fazer outra vez

 

 

  1. Vai dar uma volta, come um gelado, vai ver o Barça jogar e começa amanhã outra vez.

 

Aquele abraço,

Nuno