Fidjo Fora
Quando era professor na Universidade de Cabo Verde tinha umas turmas noturnas de trabalhadores-estudantes, muito amigos até esta data. Na altura numa das disciplinas que seguia com eles insistia o quanto era importante fazerem pesquisas em inglês e tentarem estudar na mesma língua pois a tecnologia acontece primeiro em inglês.
Para lhes motivar contei-lhes uma história que ia mais ou menos assim:
“Havia um senhor muito mulherengo que fazia várias escapadelas de casa nas suas paródias. Numa destas escapadelas veio a saber que tinha engravidado uma moça.
Mas, não quis saber de assumir a criança e manteve a sua esposa e família no escuro sobre a mesma.
Passados alguns anos a sua filha de casamento já era uma adolescente e começou a sair com as amigas e namoriscar. Um belo dia, a filha muito contente traz o namorado para a casa de forma a conhecer os pais.
Quase morria de um ataque cardíaco o pai quando reconheceu no namorado da filha o “fidjo fora”.”
E terminava dizendo “não deixem o inglês ser o vosso – fidjo fora. No caso com os meus alunos o “inglês” era um “fidjo fora” que lhes podia surpreender negativamente no futuro caso não o assumissem.
É incrível que passados 20 anos desta história (numa aula de 50 minutos) ainda ao encontrar com alguns desses alunos me lembram disso.