“Se eu olhar para a massa, nunca vou agir. Se eu olhar para um, eu vou.”

 

– Madre Teresa

 

 

Madre Teresa foi uma das primeiras pessoas a compreender como fazer as pessoas agirem em prol dos mais necessitados. A grande formula tem a ver em como fazer uma mensagem emocional.

 

Já vimos nesta newsletter como fazer a nossa mensagem credível, como fazer as pessoas acreditarem, mas, acreditar não é suficiente. Para garantir que as pessoas ajam é preciso que se importem.

 

Exemplo, vejamos estes dois cenários “fictícios” de mensagem para uma campanha para pedir donativos para os mais necessitados:

 

 

Cenário 1:

 

– A pobreza afeta cerca de 36.500 crianças em idade entre os 7-10 anos;

 

– A taxa de desocupação entre as famílias mais vulneráveis é de 40% e muitas vezes estão sem condições de adquirir materiais escolares básicos;

 

– Mais de 5.000 crianças nunca tiveram um brinquedo e andam descalços.

 

Faça donativos de materiais escolares, brinquedos e alimentos para ajudar as crianças vulneráveis.

 

 

Cenário 2:

 

“Qualquer roupa, sapatos, brinquedos ou livros que doares irá para a Márcia, uma menina de 7 anos da ilha do Fogo. Márcia e a família são pobres e vivem em condições delicadas. A vida dela pode mudar para melhor como resultado do seu donativo. Com a tua ajuda, e apoio de outros parceiros, “A nossa organização” vai trabalhar com a família da Márcia e outros membros das comunidades pobres em Cabo Verde para ajudar a melhorar as suas vidas nas escolas e nas suas comunidades. Nu doa!!”

 

No primeiro cenário apresenta-se estatísticas e números que torna a mensagem abstrata. No segundo cenário existe uma personalização -a Márcia – que nos ajuda a criar uma ligação emocional com o problema e de consequência torna muito mais provável a nossa ação para ajudar.

O sector das organizações sem fins lucrativos descobriu desde 1950 como personalizar as suas mensagens de pedido de ajuda para engajar as pessoas a agirem. Mas, não é somente neste sector que precisamos engajar as pessoas a agirem.

 

Um professor aspira engajar os seus alunos a importar-se sobre as matérias e o estudo, um empresário precisa ter os funcionários engajados (se importarem) para conseguir desenvolver os seus negócios.

 

Então, a regra nº 1 de ter uma mensagem que faça as pessoas se importarem e daí agirem é fazê-la emocional.

 

Madre Teresa tem a ver também em como fazes a tua apresentação (o momento de a entregar à frente da tua plateia) onde o erro de falar e não ver para UM acontece com frequência. Apresentadores, muitas vezes “entregam” a sua apresentação sem fazer contacto visual com a plateia, ou estão com olhos para o teto ou a rastrear a plateia sem conectar-se.

 

Aqui, a tática é por exemplo dividir a sala em 4 quadrantes e enquanto apresentamos escolher uma pessoa num dos quadrantes enquanto falamos fazer um contacto visual direto. Quando fazes um contacto visual com alguém, as pessoas que estão sentadas nos arredores da primeira vão ter a impressão de que estás a falar diretamente com elas.

 

Assim por diante, escolhe outra pessoa num determinado quadrante e faz o contacto visual direto conseguindo o mesmo efeito.

 

Em conclusão para fazer as pessoas importarem-se e agirem a tua mensagem tem que ser emocional. Uma das formas de fazer as mensagens emocionais é personalizá-las (somos pessoas, nos identificamos com pessoas).

 

Aquele abraço,

Nuno