Algum tempo atras num post falava de um professor de ciências que nos primeiros dias de aula com os caloiros colocava um peixe em cima da mesa do laboratório e simplesmente dizia: observa o teu peixe, saindo de seguida da sala de aula.

 

Os alunos meio confusos com esta abordagem ficavam estupefactos e sem ter algo para fazer iam observando o peixe. Na aula seguinte regressava o professor e perguntava: o que tinham visto, e eles meio tímidos iam descrevendo que o peixe tinha escamas, tinha barbatanas …

 

O professor após lhes escutar deixava outra a vez a frase: observa o teu peixe, saindo.

 

Esta rotina, continuava por algumas lições até os estudantes por si só começarem a fazer observações mais cuidadas e profundas do peixe. Passado algum tempo de observação o professor estava mais presente com os alunos a interpretarem as observações feitas.

 

Então, o primeiro passo para solucionar problemas e percebê-los é através da observação cuidada da sua natureza, suas causas e tentar chegar no seu coração (o real problema).

 

Qualquer problema pode ser analisado em 6 dimensões:

 

  1. Quem/ o quê?
  2. Quanto?
  3. Onde?
  4. Quando?
  5. Como?
  6. Porquê?

 

Imagina que estejas a entrar no teu escritório de manhã e repara como processas as informações que te chegam:

 

  1. Primeiro identificas quem está aí e os objetos como cadeiras, computadores;

 

  1. Fazes um levantamento de quantas pessoas estão aí;

 

  1. De seguida fazes um enquadramento posicional do contexto: A Maria está a direita do Joao, o computador está a frente da Maria, a Rute esta mais próxima da parede do fundo …

 

 

Essas 3 constatações são quase automáticas e processadas pelo nosso aparelho visual em poucos instantes.

 

  1. Depois entra em jogo uma outra variável, o tempo. Passado algum tempo (podem ser segundos) o João vira-se, a Maria levanta a mão do teclado e passa sobre os cabelos, a Rute puxa uma cadeira para se sentar …

 

  1. A passagem do tempo associado às dimensões anteriores nos permite de interpretar como é que o João se virou, como a Rute puxou a cadeira e outros comos que só podem ter interpretação com uma ação temporal.

 

  1. Por fim, temos a dimensão mãe de todas, o porquê? Porque a Maria passou a mão sobre os cabelos, para se fazer mais bela? porque o João se virou assim, porque estava com ciúmes? Porque a Rute puxou a cadeira para se sentar, não aguentava o teu charme em pé?

 

A parte as brincadeiras do último parágrafo espero ter passado a ideia de como funciona a análise nas 6 dimensões.

 

Iniciamos nos perguntado quem é o quê, para de seguida tentarmos quantificar as coisas, seguimos posicionando o onde e prosseguimos introduzindo o tempo para podermos interpretar os comos e os porquês.

 

Reparem que as 6 dimensões não são nada mais do que um método para questionarmos e clarificarmos melhor as coisas.

 

Dizem que quem melhor entender o problema tem mais chances de encontrar a solução. Para entendermos o problema deveremos passar por um processo de questionamento que aos poucos nos abre os horizontes.

 

Querem questionar sobre algum problema que estejamos a viver e fazermos juntos a sua análise nas 6 dimensões?

 

Aquele abraço,

Nuno

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